"em que idade do coração se apaga o riso dos homens?"
Al Berto

Wednesday, January 30, 2013


As vogais
A vogal que eu mais gosto
É a que me dá alegria
Não é o  a, o e e o i
Ou o o e o u, essas podem ir.
Gosto tanto desta vogal
Se fosse poeta fazia tudo a rimar
Amar o Amor e
Pensar na Vida a
Sonhar, Sonhar, Sonhar.
Se fosse pintor, pintava
O Mar,
Um Lar
O Ar
Mas como nada sou
Limito-me a Sonhar, a amara, Pensar e
E
E
E  VOAR!

Como poderia
Como poderia esquecer?
Impossible I say!
O aroma da tua comida
A tua voz,
O teu beijo
E sempre que penso
Sinto o desejo de voltar
Nem que seja um só instante
Mãe! Tirei aquele livro da estante
Perdidamente
Escritas as palavras de outros para ti
São melodias infindáveis.
Dói-me o peito
Dói-me a alma de não puder…
De não dever…
Estás longe e no entanto aqui,
Aqui onde palpita o meu coração…
I’m so sorry my love
So sorry!

Espero
Espero por aqui
As letras, palavras
Coisas que senti.

Espero, vejo assim
Este vazio, um eco
Poesia que senti
E não sei como voltar
Não sei como caminhar
Por aquelas ruas escuras
Duras,
Que fazer para correr?
A tinta sorver?
Almas…
Calmas…
Tudo como se fosse
(Ai tantas vezes!)
Um conto de encantar.
Gotas

As gotas da minha chuva
Secam na estrada quente.
Vejo os olhares tristes
De gente que sente.

Fico-me a ver
Nas ruas cruzadas
...... de sentimento......

Vejo palavras
Cansadas
......de sofrimento......

Wednesday, January 9, 2013

- "O que fazer com estes dias?"
Pergunto: O que fazer com estes dias que se alongam num interminável frio entardecer? O que fazer com todo este tempo que tenho nas mãos? O que fazer com tantas horas que se sucedem umas às outras?

O tempo teima em não passar  prolongando-se num dia infinito. E eu preciso que esta dimensão se desvaneça e se torne outra coisa qualquer para poder dar seguimento ao que resta desta minha vida. Para  poder andar; agir; fazer acontecer. 

Talvez exista no fim do tempo um ponto no qual me possa encontrar e aí beber todo o sentido destes dias frios e longos e escuros. 

Estes dias de inverno sucedem-se como uma valsa lenta e dolorosa. São um rodopio de horas inexistentes. Um movimento de cá para lá, de círculos e semi-círculos de segundos, minutos e horas. 

O tempo que se perde. Que se  perdeu. Não num dia frio de inverno mas num dia de verão. Ao fim da tarde, recordo-me bem, quando o sol tragado pelo mar ainda raiava em tons laranjas no céu claro e límpido. Parou aí o tempo. E é por essa razão que agora se sucedem estes dias intermináveis.

Tuesday, January 8, 2013


Andamos no mundo
Rodeados de vento e fumo.
Andamos no mmmmmundooooooooooooooo
Perdidos, talvez encontrados?
De tanta coisa que não se sabe o que é!
Andamos por aqui
Calmos,
Por ali,
Calados,
Quietos a gritar…
                À espera de algo
                Que não se sabe o que é!
Talvez uma brisa…
Tudo para ser feliz - 2


A mente de pregava partidas, imaginava mil coisas ao mesmo tempo! Como se salvar, como fugir de tudo aquilo? Como? Já não pensava no “Porquê”, mas sim no “Como”! Sempre que tinha estes momentos de desespero tentava mil e um estratagemas para se erguer de novo. As palavras dos amigos já não surtiam efeito algum, achava-se incompreendida e noutros momentos profundamente egoísta. Na verdade, muitas vezes vivia assustada, pois não conseguia distinguir a realidade do seu pesadelo. Quem conhecia, quem não conhecia, loucura pura ou não? A mente de Leonor era um labirinto infindável e era já impossível encontrá-la!

I’ve lost something yesterday!
E só hoje me apercebi!
Sinto que algo desapareceu
Como o sonho da manhã.
O respirar desvaneceu
É como a mesa que não pára de abanar.
Aquela perna,
Bamba, bamba, bamba.
Azul que me rodeia
Traz as recordações do futuro
Sinto o quê?
O processo de transformação daquilo que a ainda não vivi. 

Saturday, January 5, 2013

Incendeio-me quando para ti olho e vislumbro chamas de paixão nos teus olhos negros. Assolam-me tempestades de mar alto ao sentir a tua respiração ao de leve junto ao meu pescoço. Trago-te neste peito aberto, outrora dilacerado, raiando fé e pingando esperança que pinta as cores do arco-íris no teu largo sorriso. Vasto é o oceano que a ti me leva em gigantescas vagas de doces tormentas. Tudo é paradoxo, contraditório. Violento. Doce. Tão doce. Como este abraço longo, apertado. Como este beijo perdido nos teus lábios. E as mãos entrelaçadas no regaço trémulas de prazer. Doce ternura esta a de te ter em meus braços adormecido como um menino.


Friday, January 4, 2013

Corre, corre. Corre sempre. Sem parar. Sem tremer. Não desistas. Pega a correr. Em frente. Corre de braços abertos contra o vento.

Thursday, January 3, 2013

ilumina


ilumina-me
                  corpo alma
                                   com a luz
             
cura o rosto

                   quem sou
                                 pura
                                         eu
                                             sou

ilumina
              essência

chuva sem nome
de todos os nomes
poder interior
                     escorre por entre a matéria

                                                   mostra
esta
                     cá dentro
                     arrasta-me para fora

fogo ilumina quem sou
       esta chuva de luz
                                  explosão

                                               ser

de dentro para fora
liberdade desperta
                            jorras da pele
todos os poros a quebrar as fronteiras
brilho é dor alegria
palpita, vida

e sinto o universo
                         corres-me nas veias
pura
raio de luz

tão poderoso invisível
olhar alcança
outro lado
além

sou assim
               regato

               resgato

               salvo o amor
       

passado que dói

                         futuro

                                  ainda presente
                                  
agora momento

só aqui sou real pura eu
um mar
            amar perdido
                                como era
                                              antes da vida
                       do tempo
      
       aqui
                     corpo alma
                                      iluminados

choro jorro alegria
                            aqui
                                   agora
ouve
dentro
                     é este o meu nome

sussurro